As lideranças das organizações estão expostas a um novo desafio: como lidar com a geração Y? Estes profissionais que nasceram em meados dos anos 80 e 90 – em uma época de ascensão econômica e tecnológica – representam 47% da mão de obra do mercado de trabalho e apresentam características peculiares.
Quem são os profissionais da geração Y?
A geração Y é conhecida pela sua agilidade na busca por resultados, pela maneira que realiza diversas atividades simultaneamente e pela sua pressa de crescimento profissional. “Ao mesmo tempo eles trabalham, leem, escutam música, veem um vídeo e marcam uma balada” simplifica Béia de Carvalho, presidente da consultoria 5 Years From Now.
Esta geração também se destaca pelo alto nível de conhecimento tecnológico, consciência ambiental e social e busca pela realização pessoal e profissional – a autorrealização.
Hoje, estes jovens transformam o cenário interno das organizações, pois questionam e não mais obedecem, como ocorria com a geração “baby boomer” (que hoje têm mais de 45 anos) e da geração X (os adultos de 30 a 45 anos).
Como engajá-los?
O profissional da geração Y se sente engajado com a compatibilidade dos objetivos da organização com suas crenças e valores e por uma oportunidade de trabalho motivadora, desafiadora e com feedback regular, não somente pela remuneração e possíveis promoções.
É imprescindível o reposicionamento das lideranças. Elas devem ser mais flexíveis e receptivas a esta nova geração que está pronta para utilizar seu espírito empreendedor em prol do desenvolvimento do negócio da organização.
O alinhamento das expectativas dos jovens com as reais possibilidades da empresa também é uma premissa importante para que haja engajamento. Para Entschev (2010) o planejamento de carreira organizado pelas empresas deve ser coerente com o que o colaborador Y projeta em seus planos profissionais. Existem outros aspectos fundamentais para estimular e reter a geração Y, conforme Lombardía (2008) sintetiza:
Um fator a ser considerado é que 20% dos funcionários Y ocupam cargos de liderança, conforme pesquisa realizada pela consultoria de recursos humanos Hay Group. Nota-se que as hierarquias internas já estão adotando um novo rumo.
Portanto, a geração Y é peça chave para as organizações. Seu espírito inovador e sua habilidade de interligação trazem novos ares e novas óticas para o cenário empresarial. O engajamento é um princípio fundamental para que este relacionamento – funcionário e empresa – crie bons resultados.
Referências:
LOMBARDÍA, Pilar García; STEIN, Guido; PIN, José Ramón. Quem é a geração Y. HSM Management. Barueri: Savana, n. 70, set./out. 2008.
DINIZ, Abilio. A geração Y no trabalho. Em: <http://abiliodiniz.uol.com.br/lideranca/a-geracao-y-no-trabalho.htm>. Acesso em: 25 março 2013.
MORAES, Rogério de. Líderes têm o desafio de engajar jovem cada vez mais inquieto e conectado. Em: <http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/1178896-lideres-tem-o-desafio-de-engajar-jovem-cada-vez-mais-inquieto-e-conectado.shtml>. Acesso em: 25 de março 2013.
ANTUNES, Luciana. O poder nas mãos da geração Y. Em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/poder-maos-geracao-y-542736>. Acesso em: 25 março 2013.
Por: Thayná Godwin 3- RPC